Frase do ano

Para mim, a frase de 2015 vai ser: “Não sou obrigada”. Não tinha percebido até então o quanto essa sentença é libertadora. Pense em todas as coisas que você tem feito apenas para agradar aos outros ou seguir as convenções. Cansa, né? Tudo bem que muitas coisas que fazemos são para não voltamos aos tempos das cavernas. Sou totalmente a favor do respeito ao espaço e opiniões dos outros e a educação, sim, é extremamente necessária.

Agora, você ter que agir, ouvir e conviver com pessoas e situações que só te puxam para baixo, não, você não é obrigado a isso. Parem, homem, mulher e piazitos! Ninguém aqui é obrigado a conviver com gente que reclama todo o tempo. Você é? Experimente sair do lado dessa pessoa, usar fones de ouvido ou simplesmente mandar ela ficar quieta. Quem perturba não vai gostar, bom mas o que você pode fazer? Até agora, quem não está gostando é você… De gente mal educada, que gosta de discutir sobre picuinhas, que quer gritar e aparecer por aí o mundo está cheio. Você não é uma dessas pessoas? Não gosta disso? Surpresa! Você não é obrigado a aturar isso.

Não gostam do seu jeito? Acham que porque você não está todo o tempo falando, postando ou contanto vantagem por aí, você é menor? Azar para o que os outros pensam. Seja o que mais te agradar. Mude de ideia quantas vezes quiser ou não mude de ideia nunca, mas fique bem consigo, afinal, você não é obrigado a ser o que quem está à sua volta projeta para você.

Se quem possui comportamentos diferentes do seu acha que o seu jeito não é o melhor ou que você deveria ser como os outros, paciência. Seja o que te agradar e divirta-se como mais lhe agradar e fizer bem. Afinal, das coisas que eu já aprendi esse ano é que não sou obrigada a ser uma cópia fiel de tudo o que vejo por aí e não gosto. Reclamam porque eu não sou como as outras pessoas? Eu agradeço e saio feliz, afinal esse é o plano.

naosouobrigada

Amor de Perdição

Camilo Castelo Branco – 255 páginas – Editora Babel

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“Ama-me a assim desgraçada, porque me parece que os desgraçados são os que mais precisam de amor e de conforto. Vou ver se posso esquecer-me, dormindo.”

“Não sei de que me serve a vida, se a não sacrificar a salvar-te. Creio em ti, Teresa, creio. Ser-me-ás fiel na vida e na morte.”

Quem aqui amigo nunca pensou estar perdendo-se de tanta paixão? Para quem se identificou com este questionamento, fica o desafio de ler Amor de Perdição. O romance português escrito em 1861 é baseado na história de Simão Antônio Botelho jovem português que logo ao sair da adolescência para a vida adulta, apaixona-se pela vizinha Teresa de Albuquerque, filha do maior desafeto de seu pai. Tem início aí uma história de amor impossível e muitas tragédias estão para acontecer.

Esta obra certamente já deve ter sido leitura obrigatória em diversas provas de vestibular. Para quem não está habituado à linguagem mais “rebuscada” utilizada antigamente a leitura pode parecer difícil no início da leitura, porém com o andar da carruagem (:P) tudo fica mais fácil, não sei se por hábito ou se pelo interesse na história mesmo.

Achei que o livro seria maçante, mas fiquei surpresa ao perceber que em um final de semana já havia devorado as páginas com a maior facilidade. A história realmente é um completo drama, devido às limitações impostas pela sociedade da época. Podemos ver que os diferentes tipos de amor apresentados no livro podem levar o amante à sua ruína.

Para quem acha que os romances atuais são melosos, fica a dica para encarar este e conhecer um pouco mais dos costumes dos séculos anteriores. Saber que o próprio autor, Camilo Castelo Branco, passou por muitas histórias de paixões arrebatadoras e que escreveu este livro quando estava na prisão, deixa uma curiosidade a mais no ar.

Eu, como fangirl de romances, curti o desenrolar da história, sempre levando em consideração a época em que se passou. Preferiria que o desfecho fosse diferente, mas se é baseado em uma história real é uma baita história.

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